sociologia

Definição

O conceito de indústria cultural foi proposto por Theodor Adorno e Max Horkheimer, membros da Escola de Frankfurt, e está intrinsicamente relacionada ao uso da arte como mercadoria, ou seja, a massificação da cultura erudita e popular transformada em fonte de lucro. A partir do desenvolvimento do capitalismo e dos meios de comunicação surgiu uma cultura industrializada que visava manipular, persuadir e impor uma ideologia hierarquizada de cultura. Nesse sentido, a indústria cultural também leva em consideração a produção de padrões que possam ser facilmente reproduzidos e não induzam o pensamento crítico. Dessa forma influencia o modo de agir e pensar da maioria dos indivíduos, ou seja, aliena a sociedade.
Alguns autores, como Walter Benjamin, afirmaram ainda, no século XX, que essa reprodução maciça seria uma forma de democratizar o acesso à cultura, ou seja, incluir toda a sociedade, sem distinções de classes, no acesso ao conhecimento. Adorno e Horkheimer contestaram tal afirmativa, pois insistiram que a deliberada produção artística não implica em dizer que ocorre um efetivo acesso das massas em áreas antes excluídas, mas na verdade uma cultura “padronizada”, sem criatividade e que não representa substancialmente os anseios e críticas de todas as classes.
Nesse sentido, a difusão da arte não levaria a autonomia e emancipação como alguns pensavam, mas sim ocasionaria a contínua subserviência e dependência das “classes subalternas”. Para esses autores, portanto, o que difere o tipo de dominação milenar a qual estávamos habituados da “dominação fina” do século XX e XXI, seria o controle ideológico da atualidade, ou seja, implicitamente somos controlados pelas multinacionais e demais empresas que regem a economia sem, contudo, nos darmos conta que essa influência tange o nosso cotidiano como um todo e determina o nosso corte de cabelo, as roupas que vestimos e até mesmo o tipo de lazer que preferimos.
Partindo do exposto acima, pode-se concluir