sociologia
A Igreja defende a vida humana e esta deve ser favorecida desde a sua concepção, isso é parte imutável da doutrina eclesial. Desde o princípio até os ensinamentos mais recentes o aborto é condenado como pecado contra a doutrina moral, embasado na “Sagrada Escritura”. Neste viés passasse está tradição de geração em geração, este não é um tema a ser discutido, não deve haver oposição, nem julgamentos, basta transmitir essas normas e costumes de fé.
A POSIÇÃO DA IGREJA NO BRASIL
Embora o Brasil seja um país laico, ao compararmos os documentos brasileiros que abordam este tema e o discurso do Vaticano não há diferenças. Contudo com algumas intervenções que ocorreram, o tema veio a ser discutido publicamente, uma das intervenções foi o movimento feminista, no qual as mulheres reivindicaram direitos sob o próprio corpo, dentre eles, o controle reprodutivo e ao aborto, tema para o qual a CNBB posicionou-se contra, seguindo as orientações romanas, tendo como base os documentos da Santa Sé.
A CONTRA-ARGUMENTAÇÃO CATÓLICA
Encontra-se uma contraposição condenatória em relação ao posicionamento da Igreja católica, no qual existe uma justificativa pela decisão abortícia, como um comportamento moral dentro dos parâmetros religiosos. Isto é o que podemos denominar contradiscurso, de acordo com a sociologia, porque esta contraposição contesta os argumentos anteriores que propunham o veredicto do tema, quase se tratando de um dogma.
A seguir, estabeleceremos uma relação de fragmentos do contradiscurso, com os principais temas abordados até então.
O RECURSO À TRADIÇÃO DA IGREJA
Diversos autores buscam ao longo da história, encontrar documentos que comprovem a evolução eclesial, com diferentes posicionamentos adotados pelo Cristianismo.
No Didaqué, a instrução dos doze apóstolos, manual de ensinamento sobre verdades religiosas, é um texto utilizado para afirmar que o aborto é causa de condenação absoluta no Cristianismo. Contudo neste