Sociologia
Dessa forma, não seria melhor que não reestruturássemos os processos produtivos, mantendo uma economia atrofiada para que assim pudéssemos manter empregos para todos? Seria necessário defendermos um movimento de destruição das máquinas assim como pregava o ludismo no início do século XIX na Europa? Certamente que não, pois essas não seriam alternativas inteligentes. A saída existente não é impedir o crescimento econômico e desenvolvimento dos processos industriais para estágios mais modernos. Os caminhos para o enfrentamento desse problema perpassam políticas que asseguram garantias aos trabalhadores (salários, jornadas de trabalho) como também dizem respeito a medidas políticas para regulação da economia por parte do Estado. Porém, isso não é tudo. É fundamental considerarmos o fato de que vivemos na era do conhecimento e da informação e, dessa forma, pensarmos no papel protagonista da educação.
Conforme publicação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em março de 2011, no Brasil, os pobres representavam mais da metade dos desempregados, correspondendo a quase 55% do total. Esse dado é muito significativo, pois se pensarmos nas dificuldades das classes mais pobres em terem acesso a uma educação de qualidade, veremos como poderá se perpetuar a exclusão do acesso ao emprego de uma fatia da sociedade.
Segundo dados publicados pelo Governo Federal em março de 2011, o Brasil teve um aumento de 7,5% em seu PIB em 2010, passando, dessa forma, para a posição de 7ª maior economia do mundo. Obviamente, são números expressivos e significativos, pois representam o salto que a economia brasileira viveu nessa última década. Porém, o crescimento do PIB não resolve por si só os desafios sociais do país (embora possa significar algum progresso), dentre eles criar políticas educacionais universais e de qualidade (do ensino fundamental à pós-graduação), com vistas à erradicação da pobreza e da exclusão social. Assim, o crescimento econômico do país