Sociologia
1. O Processo de Trabalho
Em O Capital Marx fundamenta a sua tese em algo concreto, histórico, de maneira lógica e não cronológica. Ele sai de uma ideia lógico-formal, que tinha como centro de sua ideia de humano, humanista, para uma explicação histórica. Não existe essência para Marx de O Capital, a ideia foi superada.
Sendo o trabalho algo muito importante ao homem, que lhe é exclusivo, Marx expõe que o trabalho é a única atividade que diferencia o homem dos demais animais, e também que o homem constrói primeiramente o trabalho em sua mente, antes de realizá-lo de verdade, ele o constrói em sua imaginação. Com isso podemos ver o que Marx já havia expressado que o trabalho é algo muito importante pra o homem, pois ele realiza uma mediação entre o homem e a natureza.
Porém não podemos interpretar isso em termos burgueses, pois isso conjectura em uma clara separação entre homem e natureza, como se houvesse uma luta constante entre esses dois fatores, que se pareceriam individual se olhados dessa maneira, entretanto Marx não acredita nessa separação, para ele não se separa no processo de trabalho. Sendo que para Marx o trabalho é inteiramente natural ao mesmo tempo em que é humano. Que é formado através do processo dialético, ou seja, não há como desunir algo que é natural do ser humano. Segundo Marx, não temos como transformar aquilo que está a nossa volta sem nos transformamos, isso se desenvolve em uma exteriorização da natureza.
A partir dessa compreensão sobre o processo de trabalho é possível verificar uma das principais contradições expostas pelo capitalismo, porque sendo a aplicação da força de trabalho o trabalho em si, quando se torna mercadoria, o comprador (capitalista) dessa força de trabalho a utiliza-a e mandando o vendedor dela trabalhar, empregando-a em valor de uso para que se criem novas mercadorias que ofereçam