Sociologia
À conceção revolucionária, os evolucionistas opuseram uma conceção progressiva das transformações. Spencer encara a transformação como um processo do simples ao complexo, do homogéneo ao heterógeneo, da passagem das sociedades de tipo "militar" às sociedades de tipo "industrial". Durkheim não adere à teoria evolucionista, mas mantém a ideia da passagem à complexidade, a transformação da solidariedade mecânica em solidariedade orgânica.
Evoluções, revoluções e mutações constituem, pois, diferentes formas de transformações sociais.
Desde os anos 70 do século XX que uma sociologia "dinâmica" (Balandier) se afasta do paradigma estruturalista (Lévi-Strauss, 1958), para se dedicar ao estudo das transformações sociais; esta sociologia das transformações sociais encontra-se nos trabalhos de Balandier e de Touraine. A descolonização, a formação de novas nações, os movimentos revolucionários, são matéria de estudos sociológicos. Balandier estuda as condições da descolonização em África e as transformações do sistema político-económico colonial até à autonomia política. Touraine desenvolve uma teoria dos "movimentos sociais".
A ação política pode ser entendida como o tipo de ação cujo objetivo é a realização de transformações sociais, conferindo-se uma importância central aos conflitos e às relações de poder e de dominação. Frequentemente também o estudo das transformações