sociologia

Revista “Práticas de Animação”

Ano 1 – Número 0, Outubro de 2007

ANIMAÇÃO DA LEITURA EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS.
ALGUNS ESBOÇOS TEÓRICOS SOBRE APLICAÇÕES PRÁTICAS

Dr. Carlos Costa
Presidente da Direcção da APDASC

Esta breve resenha no âmbito da temática dos Projectos de Animação da Leitura em Bibliotecas Públicas1 desponta numa altura em que é cada vez mais comummente em Portugal ouvir-se falar ou até mesmo participar em projectos direccionados para a promoção da leitura, cujo método da animação é frequentemente utilizado. Tais projectos necessitam de ser estruturados tendo em conta todo um sistema onde se englobam pessoas de diferentes idades, provenientes dos mais díspares ambientes e com especificidades a vários níveis resultantes da própria circunstância de vida.
Partindo do Manifesto da UNESCO2 sobre Bibliotecas Públicas3, onde se pode ler que “a biblioteca pública é o centro local de informação, que torna prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros”, podemos afirmar desde logo que a biblioteca não é de forma alguma um depósito de livros, pelo contrário, é algo de onde se expede, se retira, se cultiva a informação e, consequentemente o conhecimento.
Esse trabalho de sucção cultural pode ser facilitado e devidamente organizado em projectos de Animação da Leitura, que são tão válidos e tão importantes como qualquer outro projecto de animação, devendo ser entendidos como algo que pode ser extremamente eficaz no que concerne à aquisição de hábitos de leitura.

1

Apresentada na sua totalidade no Seminário “O Plano Nacional da Leitura e as Bibliotecas”,

realizado a 28 de Fevereiro de 2007, no Centro Cultural de Samora Correia, enquadrando aí a
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) enquanto recurso colectivo para os profissionais da animação.
2

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization.

3