sociologia
Vivemos envoltos em um discurso que diz que a violência tem origem no fatalismo da desigualdade, o que causa verdadeiro horror a manutenção da ordem da sociedade, assustando quem reivindica seus privilégios, ainda, até de quem não possa tê-los. Isto é apenas reservado a uma minoria sustentada nos juros das dívidas dos que almejam tal e tal status. Quantos desejam ser os Reis e Rainhas do Camarote?
Quanta barbárie se esconde por detrás da ostentação da riqueza dos donos do Brasil: A barbárie que malogra a felicidade das pessoas de bem dessa sociedade? Não tenho muito o que falar sobre a criminalização da prosperidade, se posso assim me referir, sei que ela tem, de longe, muitos defensores. Mas vamos falar de violência que passa na televisão.
Talvez tenhamos dois problemas: um, identificar a origem dessa violência; dois, achar uma solução para ela. Mas não vou procurar responder tais questões. Sei apenas o que é de senso comum.
Para alguns a solução é “bandido bom é bandido morto”; a origem desse discurso é o modelo de vida dos pobres, afinal, é perceptível nos formadores de opinião de massa a repetição de uma intensa mensagem, focada e violência e morte, geralmente no horário de almoço, dentro da programação da TV aberta brasileira. Brasil Urgente, Patrulha da Cidade, Balanço Geral, Cidade Alerta, Sem Meias Palavras. Nada mais caricato.
A violência na televisão se apresenta pelo viés do entretenimento. Os seus apresentadores e protagonistas, os “oficiais da lei”, são sempre bem animados em mostrar a realidade como ela é. Não vemos UPPs, a polícia subindo o planalto central, muito menos a exemplo, o Palácio da Guanabara no Rio de Janeiro para fazer valer a verdadeira justiça social.
O que não ser mais manifesto dentro da democracia que a escravidão voluntarizada apreendida como valores morais impostos socialmente, reproduz a conservação de privilégios, ou mais vale dizer, de