Sociologia

Trabalho de Análise Crítica do Filme:

DEANS – Um Grito de Justiça

O filme em questão retrata os primeiros momentos da mudança histórica em que o mundo passada do sistema escravocrata Feudal para a “modernidade”, do ponto de vista industrial e de produção. Do ponto de vista atual, há uma certa má impressão quando vimos crianças trabalhando, e principalmente trabalhando de forma exploratória, sem condições mínimas de higiene. Criança trabalhar de forma assalariada já não nos deixa confortáveis, impressão reforçada no filme, onde em apenas uma das fábricas as condições de trabalho foram colocadas de forma deveras perigosa, o que retrata, naturalmente na ilustração de morte do garoto no tear. Alguns outros pontos são também muito fortes de impressão, quando tratamos das condições femininas de trabalho, de submissão aos chefes, sem tratar ainda da questão de ganhos imensamente menores do que o dos homens pelo mesmo tempo de trabalho, mas o ponto aqui que quero tratar é da relação submissa sexual, que, quando não pelo aceite da mulher, ocorrida pela força (estupro) onde sem perspectiva de justiça, não havia denúncia, não havia apuração, e provavelmente entendia-se como “coisa natural”, que não é. Foi explorada de forma muito interessante também a questão da relação Igreja-Empresariado, onde a parcialidade nas decisões, também para manter o modo operante da vida social, a ordem aparente, nos remete ao confronto com a pregação da Igreja Católica, como valorização da vida, proteção dos mais humildes. Isso naturalmente fica apenas no discurso, porque a realidade apresentada no filme não difere das relações que vemos ainda hoje. A manutenção da ordem parece vir antes, e ser mais importante que a melhora real das condições de vida da população em geral. Com isso, começa-se a perceber o início do distanciamento da população, da plebe com a Igreja, ao menos nas vozes dos descontentes com o regime imposto. E a