A concepção positivista de Comte é uma doutrina que consiste, em sentido restrito, na mais absoluta negação da filosofia. Muitos creditam a Comte a célebre lei dos três estados, segundo a qual o espírito humano passa sucessivamente pela idade teológica, pela idade metafísica e, finalmente, pela idade positiva, na qual não conhece nenhuma verdade diferente das verdades esclarecidas pelas ciências. No entanto a lei dos três estados já tinha sido formulada por Saint-Simom, de quem Comte foi aluno e secretário e plagiou-as. Mas Comte tem sua próprias concepções positivistas, que são: 1ª) O homem é superior à mulher, e esta deverá ocupar sempre uma posição subordinada na sociedade. 2ª) A raça branca é superior às raças de cor; só a raça branca progride na direção da sociedade positiva. 3ª) Entre os indivíduos que pertencem a uma mesma sociedade existem profundas desigualdades naturais, em particular só um pequeno número de indivíduos, que formam a escol, são capazes de ascender à vida intelectual. 4ª) Dentro da ordem social existe um poder temporal, que mantém na subordinação os que devem obedecer, e um "poder espiritual" que ensina os subordinados a aceitar a posição que ocupam e a amar os que os comandam. Este poder temporal pertence aos banqueiros aos donos da indústria, que no plano político deram provas da sua competência. Como podem ver as concepções comtistas são um tanto ditatoriais, déspotas. Não por acaso Hitler foi seu grande admirador. Há ainda alguns pseudointelectuais que querem creditar, não só o título, com a ciência sociologia a Auguste Comte, quando na realidade o verdadeiro criador foi Claude-Henry de Rouvroy, conde de