Sociologia
Hannah Arendt - Totalitarismo, democracia e burocracia
Poder totalitário: Está sempre presente na abordagem ditatorial. Tem um discurso de liberdade e de anti-violência.
Hannah Arendt (Judia; anti-nazi)
Esta autora falou muito sobre a violência, a liberdade e a falta dela. Utilizava a palavra violência apenas em relação aos seres humanos. Para os outros seres vivos utilizava a palavra crueldade. Para esta autora a violência era uma variação em torno do homicídio.
Tirar a palavra a uma pessoa ou o direito à palavra é de certa maneira matá-la (uma pessoa morta não fala). A palavra é o que distingue os humanos dos outros seres vivos. A violência acaba com a palavra e quando a palavra emerge acaba com a violência. A violência é muda. Violência: interrompe a palavra e vice-versa. Onde começa a violência, acaba a palavra. Todo o direito tem subjacente a ideia de poder, de força. Os princípios da não-violência exigem permanente vigilância cidadã. Quando proibimos uma pessoa, jornal de falar ou escrever sobre algo, estamos a matar essa pessoa (uma parte dela).
Do ponto de vista politico, a censura interrompe, acaba com a palavra. É raro um povo, uma sociedade que na sua história não tenho tido violência. O discurso tem sempre uma forma de violência da força. A justiça para ser efetiva tem de recorrer a força.
Trabalho: está na natureza; é instintivo (p. ex.: captar alimento ou abrigo); o trabalho é uma competição por bens escassos; é feito por interesse; rege-se pelo princípio da necessidade da violência; está a um nível pré-político. Qualquer ditador/tirano fica contente com pessoas ociosas, que trabalham muito e que dizem que vivem para o trabalho e que a sua política é o trabalho, “animal laborans”. Se não cumprir a sua função/missão é exterminado.
A política é sobretudo o discurso, o debate. Na política os cidadãos comprometem-se. O poder é exercido com a ideia de consentimento. O poder exclui a violência. Este deve ser um fim em si mesmo. Deve