sociologia
Cecília Junqueira Marinho
O texto "Manuscritos Economico-filosoficos" foi escrito no início de 1844, nunca fora publicado pelo autor, embora várias passagens do texto podem ser observadas em outras obras do autor, como por exemplo, no livro 1 do capital.No capitalismo, com a separação do trabalhador dos meios de produção, estabelece-se uma relação de dependência entre trabalhador e capitalista, que beneficia largamente o capitalista e aprisiona o trabalhador em uma forma de vida unilateral. O emprego no capitalismo torna-se “apenas” um meio de vida do trabalhador. Mas o capitalista ainda pode, de maneiras qualitativamente distintas, nos diferentes períodos de desenvolvimento do capitalismo impor-se como herói, que oferece trabalho e meios de existência ao trabalhador.Por conta de tal relação em períodos de crise, os trabalhadores são levados a enxergar ao capitalista como parceiro e a outros trabalhadores, depossuidos de produção como ele mesmo, como adversários, com isso deixa de lado a dominação do capital sobre o trabalho. Isso dificulta sobremaneira as possibilidades de desenvolvimento de solidariedade entre os trabalhadores e a agir como classe, principalmente em períodos de crise do capitalismo. Desta forma os períodos de crise econômica não podem ser colocados mecanicamente como períodos revolucionários. Já, por outro lado, o capitalista sempre age como classe, e ainda, tenta impedir que os trabalhadores façam o mesmo.
O capitalista aproveita-se da luta entre os trabalhadores, para que a concorrência entre eles faça baixar os salários e aumentar os lucros. Com isso, o capitalista tenta pagar os menores salários possíveis. Desta forma, quanto mais trabalho disponível existir, mais o capitalista se beneficia, pois pode, com maior tranqüilidade, baixar os salários dos trabalhadores que é encarada como a taxa que o capitalista tem que pagar para utilizar-se das capacidades produtivas de outros seres