sociologia
Devido ao seu contínuo diálogo com a Filosofia, a Sociologia guarda a peculiaridade de pensar-se continuamente, de par-em-par com a reflexão sobre a realidade social.
Esses são os princípios explicativos principais: causação funcional, conexão de sentido e contradição.
As transformações e crises provocadas pela emergência e o desenvolvimento da sociedade civil, urbano-industrial, burguesa ou capitalista, constituem outra matriz da Sociologia
Há uma vasta, complexa e contraditória evolução social na Europa, transbordando para outros continentes. O mercantilismo, ou a acumulação originária, iniciava um amplo processo de europeização do mundo.
À medida que se desenvolve e consolida a ordem social burguesa, impondo-se ao antigo regime, multiplicam-se as lutas sociais urbanas e rurais. Depois da revolução burguesa ocorrida na Inglaterra no século XVII e da Revolução Francesa iniciada em 1789, o século XIX assiste às revoltas populares no campo e nos centros urbano-industriais.
O século XIX nasce também sob o signo dos movimentos de protesto, greve, revolta e revolução.
Aí estão alguns traços da sociedade burguesa, com tintas de modernidade.
É evidente que o tema da revolução social está no horizonte de alguns dos principais fundadores e continuadores da
Sociologia. Estão preocupados em compreender, explicar ou exorcizar as revoluções que ocorrem na Europa e em países de outros continentes.
A rigor, a análise da revolução social é um modo de conhecer a sociedade, as forças sociais que governam os movimentos da sociedade nacional tomada como um todo. Essa manifestação “extrema” da vida social parece revelar mais abertamente as relações, os processos e as estruturas, compreendendo dominação política e apropriação econômica, que organizam e movimentam a sociedade moderna.
Esse é o vasto cenário histórico que se constitui na matéria prima da