Sociologia
O meu estágio realiza-se na Escola do Cerco do Porto no curso de B2 Geral de Educação e Formação de Adultos, que tem equivalência ao 6º ano. Os indivíduos que frequentam este curso são todos desempregados e beneficiários do RSI e têm idades compreendidas entre os 20-60 anos.
Profissionais do local de estágio: Professores, Assistentes Sociais, Psicólogos, Estagiários e Funcionários
Tipos de Tarefas do meu estágio: observação das aulas, ou seja, observar o código linguístico utilizado pelo professor, as reacções dos formandos. Auxiliar os formandos que têm mais dificuldades nas tarefas/exercícios que o professor manda realizar.
Tipificações: “Os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) não trabalham por que não querem”; “não têm capacidades cognitivas”; “são preguiçosos”;
Estas tipificações são muitas vezes referidas pela Sociedade, porque associam os beneficiários de RSI aos Bairros Sociais, que por sua vez são estigmatizados à marginalização e não vêem o RSI como meio de reinserção na Sociedade. Estes contextos residenciais (bairros sociais) concentram populações socialmente homogéneas o que gera processos de marginalização, de hetero e auto estigmatização e contribuem para a produção de identidades negativas (processo de rotulação) também impedem os moradores de constituir um “nós”, isto é, de afirmar publicamente a sua pertença territorial e de se organizar colectivamente a fim de cuidar e melhorar o seu habitat. Esta estigmatização de que são alvo quer os espaços físicos, quer os seus habitantes acaba por ser interiorizada e a destruição dos espaços físicos acaba por ser uma manifestação da frustração vivida pelos indivíduos. Não tendo possibilidades consistentes de serem reconhecidos de forma positiva na vida social (na escola, no emprego, nos espaços de lazer…), estes indivíduos acabam, muitas vezes, por se defenderem do mal estar provocados pela anulação e inferiorização social a que são votados através de