Sociologia
Assim, cada momento do desenvolvimento do espírito traz em si sua própria negação ou antítese, impondo-se uma nova síntese, tendente a superar a contradição surgida. Para Hegel, o processo dialético é ontológico e universal. Diz respeito não somente ao "espírito subjetivo", mas a todo mundo do ser e do dever-ser, abrangendo os movimentos da matéria, as formações orgânicas e as criações espirituais.
Sem adentrar-mos, no momento, nos escritos jurídicos e políticos de Hegel, poder-se-ía dizer que a base do sistema hegeliano comporta três divisões fundamentais: a Lógica, a Filosofia da natureza e a Filosofia do espírito. A Lógica se ocupa do "sistema da razão pura... o reino do pensamento puro". Apresenta as determinações mais gerais do pensamento, e, consequentemente, do ser, separadas do mundo empírico. A Filosofia da natureza estuda o espírito em sua manifestação exterior. A natureza é o contraponto da Idéia, é a Idéia sob a forma de alienação. Tal sistema foi exposto principalmente em duas obras, a Ciência da lógica (1812/1816) e Enciclopédia das ciências filosóficas (1817). Outra obra fundamental, a Fenomenologia do Espírito (1807) apresenta-se como uma ampla introdução ao seu sistema filosófico.
O Espírito para Hegel, além de sua concreção subjetiva (Espírito Subjetivo), tende a ultrapassar a pura subjetividade, manifestando-se como Espírito Objetivo no