Sociologia urbana
Autor: Yves Grafmeyer
Editora: Europa-America
INTRODUÇÃO
O autor tem como base do seu estudo a França, trazendo como ponto de partida a percepção que 96% da população encontram-se nas zonas de povoamento industrial e urbano, nomenclatura dada do INSEE. Tendo algumas imagens fortes presente como: Concentração do povoamento, primazia do quadro das construções sobre a paisagem natural, etc.
O autor fala em uma delimitação ao domínio de competência da sociologia urbana, tendo como base uma divisão, que tornou cada vez mais incerta entre cidade e campo.
“A Sociologia urbana, não é, portanto, e apenas, a sociologia de tudo o que se passa na cidade. Transversal a outras divisões em campos especializados (a família, a educação, o trabalho, o lazer...), esta disciplina debruça sobre a dimensão propriamente urbana dos diversos aspectos da vida social. Interroga-se em particular sobre a maneira como estes últimos se desdobram, se ajustam e interagem num contexto urbanizado, o qual todos ajudaram a formar, mas que os engloba, ao mesmo tempo, numa espécie de envelope comum.” Pág. 8 e 9.
Interroga-se por outro lado, sobre a maneira como a cidade-meio-ambiente é também constituído em objeto de troca, que estruturam de forma especifica as relações entre as instituições e grupos sociais. Assim o autor fecha o a sua introdução dizendo o que será abordado em alguns capítulos do livro a seguir.
CAPÍTULO 1. FIGURAS DA CIDADE: A cidade é simultaneamente território e população, uma configuração de objetos físicos e de relações sociais. 1. O Encontro: O reagrupamento de população e de atividades sobre um território restrito. A proximidade física permite aos seres sociais entrar em relação e favorece o desenvolvimento de novas relações. O meio urbano estabelece, amplifica e desmultiplica as interações de todas as ordens que constitui o principio da vida social.
Para Durkhein, a densidade dinâmica ou moral da vida traduz geralmente