Sociologia tecnologia e emprego
Desde a primeira revolução industrial até os dias de hoje, tem sido acirrados os debates sobre a relação entre inovação tecnológica e emprego.
Esses debates, ocorreram por ondas favorecidas pelo ciclo econômico. Nesse sentido, em períodos de forte crescimento as teses dominantes tenderam a valorizar os efeitos positivos do progresso técnico. Em contrapartida, em períodos de crise e de introdução mais intensa de novas máquinas, equipamentos e formas de produção, proliferaram as análises que viam o progresso técnico como o grande e único responsável pela redução de empregos.
Nesse quadro, tendeu-se a menosprezar essas tensões do presente, assim como a necessidade de transformá-las. Dessa forma, terminou-se por admitir como fatalidade o baixo crescimento do produto e como inevitável, o desemprego e a “precarização” das condições e relações de trabalho, propondo-se apenas a buscar a elevação da capacidade de geração de empregos, que apresentou crescimento medíocre.
O processo de globalização financeira e de desregulação dos mercados coloca novos problemas nos planos nacional e internacional. Por um lado, as políticas nacionais são mais suscetíveis aos choques que sacodem o sistema econômico internacional. Mas ao contrário esse processo criou uma estrutura profundamente hierarquizada e desigual, com epicentro nos EUA. Os Estados Nacionais, conservam variadas formas de liberdade de ação e a situação econômica e social continua dependendo das políticas estabelecidas nos países.
A exacerbação da concorrência nos mercados mundiais e a mobilidade desregulada dos capitais favoreceram que as empresas ficassem crescentemente presas à lógica e à rentabilidade financeira e que emergisse uma verdadeira desordem do trabalho, debilitando a posição dos trabalhadores.
A relação entre inovação e emprego sempre foi complexa, quando não conflituosa, e no quadro econômico internacional isso é mais perceptível. A introdução da