Sociologia pré científica

A sociologia pré-científica

O Renascimento foi um momento de transformação da sociedade. Foi um momento de ruptura entre a sociedade medieval, com suas características agrárias, estamental, teocrática e fundiária, para um mundo moderno, burguês e comercial. A Europa medieval, até então fechada e estável, começa um processo de abertura e expansão comercial e marítima. A identidade das pessoas até então baseada na vida comunitária e familiar (clã) vai sendo substituído pelo individualismo. As questões sagradas e transcendentais vão sendo substituídas por questões mais imediatistas e materiais, centradas principalmente no homem. O conhecimento passa a ser especulativo e pragmático. O movimento renascentista promoveu o renascer da cultura e da erudição, gosto pelo saber, além de colocá-los a disposição da população em geral. Porém, este foi um grande período de turbulências sociais e econômicas. Neste período houve uma falta de unidade política e religiosa, grandes conflitos, guerras intermináveis, inquisições e perseguições religiosas. Como conseqüências, tivemos os exílios, condenações, o grande genocídio que a Europa causa na América e o ressurgimento da escravidão como instituição legal. O mundo se torna cada vez mais laico e livre da tutela da Igreja católica, podendo assim, analisar e criticar a realidade em que vive como algo em si mesmo e não mais como um castigo divino. A vida dos homens passa a ser fruto de suas ações e escolhas, e não dos desígnos da justiça divina. A ciência e a arte se voltam para a realidade concreta. Ao mesmo tempo emerge uma nova classe social - a burguesia comercial – com novas aspirações e interesses, renovando o pensamento social. Assim, surge o germe do pensamento social moderno influenciando a literatura, a pintura, a filosofia, surgindo os primeiros escritos sobre a sociedade: Thomas Morus (a Utopia), Tommas Campanella (A cidade do Sol) e Francis Bacon (Nova Atlântida). Como Platão, os