SOCIOLOGIA Nenhum Lugar na Africa
Trabalho de Sociologia
1. INTRODUÇÃO
O filme Lugar Nenhum na África (de 2001), da diretora Caroline Link, narra a história dos Redlich, uma família judia alemã que, nos anos 1930, se vê em perigo com o advento do nazismo, e decide se refugiar no Quênia como fazendeiros. Rapidamente as coisas ficam mais complicadas para os familiares que permaneceram na Alemanha. No auge do nazismo é impossível pensar em qualquer possibilidade de volta para resgatar seus familiares que não conseguiram fugir. A adaptação à rotina e ao modo de vida queniano se torna fundamental.
2. ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE O FILME LUGAR NENHUM NA ÁFRICA
A história narrada no filme é baseada por concepções etnocêntricas, preconceituosas interpretadas sob diferentes pontos de vista, especialmente em duas dualidades: cultura europeia (alemã) X cultura africana (queniana) e cultura cristã (inglesa) X cultura judaica (alemã)*. O etnocentrismo pode ser entendido como uma “visão de mundo com a qual tomamos nosso grupo como centro de tudo, e os demais grupos são pensados e sentidos pelos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência” (retirado de dicionarioinformal.com.br). Ou seja, trata-se de um fenômeno em que a visão do “eu” prevalece como sendo a única possível, ou mesmo a melhor, a superior, a certa; enquanto o “outro” fica relegado ao que é tido como engraçado, absurdo ou anormal. O filme nos permite compreender o etnocentrismo também quanto ao aspecto linguístico. Quando desembarcaram em Nairóbi, no Quênia, Jettel e sua filha Regina se depararam com um clima e estrutura urbana e rural completamente diferentesdaqueles que estavam acostumados na Alemanha. A linguagem usada nas conversas que ouviam e os hábitos cotidianos dos habitantes locais – tais como mulheres que carregavam baldes e grandes bacias sobre suas cabeças – causaram muita estranheza. Desde então perceberam o quão difícil seria