Sociologia - Karl Marx: Capitalismo e Relações de Classes
Segundo Marx, a acumulação primitiva foi substituída pela acumulação capitalista. O capitalismo surge na história quando uma enorme quantidade de riquezas se concentra nas aos de uns poucos indivíduos, que tem por objetivo a acumulação de lucros cada vez maiores. No início a acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços praticados pelos estados absolutistas. A comercialização era a grande fonte de rendimentos para os estados e a nascente burguesia. Uma importante mudança aconteceu quando, a partir do século XVI, o artesão e as corporações de ofício foram substituídos, pelo trabalhador livre assalariado (o operário e pela indústria). Na produção artesanal da Idade Média e do Renascimento, o trabalhador mantinha em sua casa os instrumentos de produção. Aos poucos, porém, estes passaram às mãos de indivíduos enriquecidos, que organizaram oficinas. A Revolução Industrial introduziu inovações técnicas na produção que aceleraram o processo de separação entre o trabalhador e os instrumentos de produção. As máquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo (forças motriz, instalações, matérias-primas) ficaram acessíveis somente aos mais ricos. Os artesãos, isolados, não podiam competir com o dinamismo dessas nascentes indústrias e do conseqüente crescimento do mercado. Com isso, multiplicou-se o número de operários, isto é, trabalhadores livres expropriados; artesãos que desistiam da produção individual e empregavam-se nas indústrias. Segundo Marx, a Revolução Industrial acelerou o processo de alienação do trabalhador dos meios e dos produtos de seu trabalho.
Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo Marx, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção. As forças produtivas constituem as condições