Sociologia do turismo
MARIANA LOPES CUSTODIO
VITOR HUNGARO
1 Introdução
É possível identificar um grande número de estudos, artigos e estatísticas que tentam comprovar a importância do lazer e sua defesa enquanto uma necessidade inerente ao ser humano. De um lado essas teses dão ao lazer um caráter libertador do individuo frente ao degradante mundo do trabalho. Por outro lado, o elemento justificador para o fomento do lazer esta relacionado ao Turismo, pois este apresentaria um enorme potencial para o desenvolvimento econômico e social, além de ser um elemento de reconstituição da força física e mental dos homens. Corroborando com essa idéia, vale explicitar a elaboração de um sociólogo do turismo, Trigo (1998), ao dizer que o turismo deixou de ser apenas um complexo socioeconômico para se tornar uma das forças transformadoras do mundo pós-industrial, que juntamente com as novas tecnologias está ajudando a transformar as estruturas mundiais, influenciado a globalização, os novos blocos econômicos e, em última instancia, a nova ordem internacional. Esse discurso vale-se de grande legitimidade perante o senso comum e nos meios acadêmicos, ganhando status de verdade indubitável, no caso do turismo isso se torna ainda mais nítido, quando os dados apresentados apontam para o desenvolvimento das cidades pólos, a geração de empregos diretos e indiretos, a criação de divisas, além das viagens serem uma inesgotável fonte de cultura e conhecimento. No Brasil o Ministério do Turismo, órgão encarregado em promover as políticas voltada para o turismo O objetivo central desse trabalho é compreender o fenômeno do Turismo e desmistificar tão falaciosas afirmações, tomando de empréstimo alguns argumentos interessantes apresentados pelo pesquisador alemão Jost Krippendorf na obra intitulada “Sociologia do Turismo”, argumentos esses que suscitaram indagações: afinal, quais são os verdadeiros impactos que o turismo