Sociologia da familia

“Família em mudança”, por Maria Engrácia Leandro | Outubro 14
2011
| Rafael Bernardo Gomes
Nº 3026 25ºCLEUC: Sociologia da família | Ficha de Leitura |

Por E. Durkheim, como seres sociais que somos temos necessidade de “solidariedades intermédias” que eram associadas ao trabalho e associações colectivas que na actualidade são essencialmente solidariedades familiares, pelo que estudos recentes demonstram, contrariando alguns pessimismos que davam conta de uma “morte da família”, que no entanto cada vez ganha mais força, tanto que em 1999, a importância dada pelos portugueses sofreu um aumento em consideração com dados de 1990.
Com isto, temos que a “crise da família” não esta mais numa situação de crise, pois tem assumido uma grande importância nas sociedades modernas.
No entanto, podemos considerar que o conceito de família sofreu alterações, não sendo mais a imagem de uma família onde temos a mae dedicada à família, lar e filho sob a autoridade do pai, “pater famílias”, apresentando enumeras formas na actualidade. No entanto, nem a família monoparental nem a família recomposta é uma coisa só do presente, por motivos de mães solteiras ou viuvez, respectivamente.
O que tem acontecido é um novo conceito de família, onde a nupcialidade sofreu uma diminuição nas últimas décadas do seculo XX e a consequente diminuição da natalidade, e por outro lado temos um aumento dos divórcios, e com isto o aumento das famílias recompostas. Temos ainda um aumento do número das uniões de facto, o que revela uma desinstitucionalização da vida a dois.
Em muitos casos, a relação mãe-filho constitui o eixo motor da vida familiar.
Com estas mudanças temos uma alteração de elevada importância, a passagem de uma “socialização autoritária” por parte dos pais para uma “educação menos directiva”, sendo assim a transmissão mais assegurada por ser menos baseada no medo, havendo uma modificação nos sistemas de valores dos pais, não deixando contudo de os transmitir aos filhos.