sociologia ciencia da crise
Sociologia “Ciência da Crise” A Sociologia é tida, por alguns, como a "ciência da crise", exatamente por surgir, ou nos utilizarmos dela, geralmente, nos momentos das maiores crises nas sociedades. No decorrer da segunda metade do século XVIII, a Inglaterra passou por um conjunto de mudanças que transformou completamente a estrutura da sociedade. No início, a Revolução Industrial envolveu, principalmente, a produção de bens manufaturados. Algumas de suas características foram: o surgimento da fábrica, que era conhecida por unidade industrial e que substituiu o antigo sistema de produção doméstico, concentrando em um mesmo local de trabalho dezenas, centenas e até milhares de trabalhadores; a substituição das ferramentas pelas máquinas e da energia humana pela energia motriz (o carvão); a utilização, em larga escala, do trabalho assalariado; e o surgimento de duas classes sociais com interesses opostos e claramente definidos, a burguesia industrial e o proletariado. Impulsionada pela acumulação primitiva de capital, a Revolução Industrial redimensionou e consolidou o sistema capitalista, colocando fim à preponderância do capital mercantil sobre o industrial, o que provocou mudanças de comportamento, de consumo e de relações de trabalho, gerando, por fim, o que se pode chamar de caos social, incompreendido naquele momento pela sociedade européia. Em meio a todas essas transformações que ocorriam na Europa Ocidental, houve a consolidação do sistema capitalista e a valorização da ciência, contrapondo as explicações míticas sobre o mundo. A partir da abertura de mercados mundiais, o surgimento de novas classes na sociedade e a crise da classe proletária versus o enriquecimento da classe burguesa, a Sociologia começou a ser pensada como uma ciência que surgiu para dar respostas mais elaboradas sobre o caos que estava se formando.
Bibliografia: