Para Durkheim o fator social é sempre o determinante e os principais fenômenos sociais como religião, a moral, o direito, a economia ou a educação são na verdade sistemas de valores e se estivermos contaminados com os valores que esses fenômenos expressam, não teremos a isenção necessária para entendê-los. Durkheim nota que temos uma ideia vaga e confusa desses fatos, sendo eles uma realidade vivida, temos a ilusão de conhecê-los. Para conhecermos os fatos sociais cientificamente o ideal é estarmos convencidos que eles não são fáceis de compreender. Os fatos sociais exercem coerção sobre os comportamentos individuais, como a moda e as correntes de opinião. As representações sobre os fatos sociais são representações coletivas, elas não derivam dos indivíduos considerados isoladamente, mas de sua cooperação. A sociedade vive na cabeça de cada um. Portanto, não apenas o indivíduo faz parte da sociedade; uma parte da sociedade faz parte dele. Ela pensa, sente e deseja, embora não possa pensar, sentir, desejar e principalmente agir senão através dos indivíduos. A consciência coletiva existe através das consciências particulares. Cada uma não é nada sem a outra. Os homens criam o mundo social em que vivem e ao mesmo tempo esse mundo criado sobrevive ao tempo de vida de cada indivíduo. Portanto a sociedade faz o homem na mesma medida em que o homem faz a sociedade. Essa é uma visão importante ao considerarmos a concepção sobre educação que os principais autores da sociologia tinham. Então se agimos segundo a vontade da sociedade é porque assim aprendemos. Existe um número quase infinito de regras sociais que, de tão comuns, até esquecemos que existem, mas das quais imediatamente nos lembramos, se colocados diante de uma situação que as exija, elas estão sempre mudando, de acordo com o tempo e as condições econômicas. Conforme o tipo de divisão do trabalho social que predomina na vida coletiva numa determinada época,