sociologa
O Haiti, colônia francesa localizada no Caribe, era nada mais, nada menos, do que o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. A colônia, que se baseava no sistema de plantation escravista e era muito rica, também exportava algodão e rum.
Os escravos africanos presentes na região eram submetidos a uma exploração acentuada, visto que o trabalho era bastante exaustivo e os castigos eram intensos e pesados. Todos esses fatores foram alimentando um espírito de revolta, que foi estimulado pela Revolução Francesa. Em 1791, um negro chamado Toussaint Louverture foi líder da mais importante revolta de escravos da história das Américas, comandando um enorme exército de escravos.
Já em 1794, os revolucionários franceses jacobinos, que estavam atuando dentro da França, resolveram abolir a escravatura nas colônias. Mas oito anos depois, as tropas de Napoleão Bonapartedesembarcaram no Haiti e realizaram um verdadeiro banho de sangue. Louverture, líder da revolta dos escravos, foi preso e levado para a França, onde morreu.
Toda a repressão provocada por Napoleão Bonaparte não foi o bastante para frear a revolução. Ainda em 1804, o Haiti conquistou a sua independência e conseguiu abolir, de vez, a escravidão. Mas o preço pago por tantos anos de exploração fez com que a economia ficasse destruída e até hoje o país é considerado um dos mais pobres do mundo.
A revolução no Haiti gerou reflexos aqui no Brasil. Anos mais tarde, em 1835, os escravos africanos organizaram uma rebelião na Bahia também com o intuito de expulsar os brancos dominantes da região e tomar o poder. Tal rebelião ficou conhecida como Revolta do Malês.
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