Socioespacialização do imaterial

A SOCIOESPACIALIZAÇÃO DO IMA TERIAL NO TERRITÓRIO DO CAPITAL Ciro Bezerra NERA-UNESP-PP [e-mail] Um conjunto de perguntas há algum tempo atravessou o nosso caminho. Impunham o desafio de compreender a dominação social, particularmente, aquela persistente na sociedade moderna, industrial e ca pitalista. Elas podem ser sintetizadas na seguinte questão: como, pressupondo a reprodução ampliada do capital, podemos explicar a produção, distribuição e organização de diferentes lugares que compreendem as pessoas/famílias/moradias; postos de trabalho que envolvem pessoas/empresas/máquinas 1; e apropriação de conhecimentos que pressupõem pessoas/escolas/livros? Esta questão explicita um território que condensa, no mínimo, três complexos sociais: casa, fábrica e escola. Envolve três áreas de conhecimento: arquitetura, economia 2 e educação. Tudo isso confere materialidade ao espaço, que é objeto da Geografia. Compreender a geografia dos seres humanos, como os seres humanos espacializam a sua humanidade, exige o esforço categorial de apreender a dinâmica do s er social que assim se posiciona teleologicamente. A esta configuração geográfica nomeamos sociografia. No capitalismo o posicionamento teleológico do ser humano é

determinado pelo capital, por isso o propósito aqui é apreender a sociografia do território do capital , isto é, como a dinâmica do capital se socioespacializa no território ou como o capital se apropria do território. O que envolve as políticas de distribuição de casas, fábricas e escolas, bem como a alocação dos recursos urbanos, inclusive o pro cesso de decisão de distribuir e alocar. Faz -se necessário sublinhar que os processos de sociabilidade que se desenvolvem nas
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Es se p ro b l e ma e n vo l ve q uat r o ár ea s d e co n he ci me n to s: G eo gra fia Cr ít ica , E co no mia P o lít ica, So c io lo g ia d o T r ab alho e Ed uca ção . E le, o p ro b le ma, é p e n sa d o te nd o co mo b a se a teo ri a d o va lo r e a t eo r i a d o