Educação Agrária no Século XXI
Currículo e Formação Humana
Grupo de Pesquisa Milton Santos
Desenvolvimento Territorial e Educação Agrária
TÍTULO DO TRABALHO
EDUCAÇÃO AGRÁRIA NO SÉCULO XXI def in içã o de po lít ica s p úb li ca s pa ra e du ca çã o do ca mp o e ci da da n ia 1
AUT O R
Ciro Bezerra
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Do ce n te
Nos Manuscritos de Paris, questionando o procedimento metafísico ou teológico de propor perguntas sobre seres concretos a partir da hipótese de um ser transcendental, Marx (1984) demonstrou que perguntas abstratas desse tipo são obstáculos ao conhecimento do ser. Isto porque elas prescindem, justamente, da realidade do ser que se deseja conhecer 2. Neste caso , as abstrações tendem a reduzir-se à visão de mundo do proponente, e não consegue evitar a presença irreconciliável de pressupostos contraditórios na proposição, comprometendo qualquer generalização. Escapa a este raciocínio (procedimento lógico e racional) a objetividade do ser. Da mesma forma, sustento haver uma visão de mundo, social, abstrata e implícita, no título desse Encontro: que a educação agrária 3 ou do campo, possivelmente a escolarização em geral, inclusa aqui a urbana, tem um “papel” social a cumprir; “papel definido”, transcendentalmente , pelas “políticas públicas”, isto é, pelo estado. Esse
“papel”, que se admite ser “definido”, abstratamente, pelas “políticas públicas”, deve ter como norma a “educação” para a “cidadania”. Penso que esse “pa pel” e forma de “definição de políticas públicas para educação do campo e cidadania” escondem uma estratégia que precisa ser clarificada; porque nela, além das forças do capital estão implicadas outras forças: os movimentos sociais, os assentados da reform a agrária, os agricultores familiares e os povos agrários.
Como