Sociedades Indígenas (Alcida Rita Ramos)-Fichamento
Prof.ª Marlene Castro Ossami de Moura
Aluno: Eliel Gomes da Silva
Matrícula: 2013.2.0064.0006-3
3º Período – Setembro de 2014
Fichamento do Texto 6 – “Sociedades Indígenas”, de Alcida Rita Ramos.
1 – Introdução
O estudo do livro tem como o objeto a América do Sul não-andina, que é por muitos denominada sociedades das “terras baixas sul-americanas”, tendo essa delimitação mais pelo fato destes povos apresentarem características comuns bem mais marcadas entre si que quando comparadas com povos de outras regiões. E essas sociedades são tratadas aqui do seu próprio ponto de vista e não daquele dos países aos quais estão involuntariamente ligadas.
Não há duas sociedades indígenas iguais. Mesmo quando ocupam zonas ecológicas semelhantes, elas mantêm sua individualidade, tanto no plano das relações sociais como no campo simbólico. No entanto, quando comparadas às populações nacionais em que estão encravadas, essas sociedades apresentam alguns denominadores comuns que as diferenciam delas. Os processos históricos distintos vivenciados pelos povos indígenas em comparação com a sociedade ocidental lhes deram certas características, e são estas que são focalizadas neste livro.
2 – A importância do território
A visão que as sociedades indígenas possuem da terra é bem diferente da visão que a sociedade ocidental possui. A terra para os indígenas não pode ser objeto de propriedade individual, muito pelo contrário, a terra é sempre direcionada para posse comunal de cada grupo. Aliás, limites territoriais para eles falam mais de uma herança cultural e, por conseguinte, domínio (sendo estabelecido por casamentos, ou por questões míticas, por assim dizer) do que de fato uma
“propriedade”, assim como a entendemos.
Apesar das muitas limitações territoriais experimentadas hoje por muitas sociedades indígenas do continente sul-americano, elas ainda mantêm, basicamente, a mesma relação com a terra e o meio ambiente