Sociedades Camponesas
Fábio Wanderson Silva Gomes1
Resumo: No presente artigo, enumerar-se-á as questões que fizeram parte da construção e formação social e econômica da sociedade camponesa no Brasil. Primeiramente apresentarei quais as características que construíram a sua formação de vida social e econômica do camponês em âmbito global, através dos processos históricos; logo em seguida apresentará as questões particulares no território brasileiro, com suas peculiaridades próprias, que para alguns autores que estudam a vida social rural brasileira se diferenciam fortemente de outras regiões globais, tanto na sua estratificação social, quanto nas suas características econômicas. O processo de transformação dos atores rurais brasileiros foi marcado pela existência de uma dualidade referente a duas classes principais, a dos fazendeiros e a das classes inferiores (escravos e livres) as quais prestavam serviço ao senhor da terra, mas, alguns estudiosos deram de conta que essa categorização das classes no campo brasileiro era mais complexa do que se imaginava, apresentando outra classe que emergia de forma singular, a dos sitiantes, esses organizados em “bairros” rurais caracterizados por uma agricultura de subsistência e uma organização familiar em torno de uma comunidade tradicional. O objetivo principal desse artigo é apresentar essas formas de organizações sociais e econômicas que permearam e permeiam até hoje a vida social do campo no Brasil.
Palavras-chave: Camponês, Processos históricos, Estratificação Social no Campo, Organização rural, Campo Brasileiro, Comunidade Tradicional, Organização familiar.
Introdução
As sociedades contemporâneas iniciaram seu processo de organização social e econômico dentro do campo, se deu principalmente na Europa com as revoluções feudais e o processo de intercambio entre sociedades essencialmente rurais até virarem grandes unidades urbanas. Durante um processo de