sociedade

Envelhecimento e Sociedade

Vivemos numa sociedade em que ao separar os indivíduos, no processo de trabalho, desconsidera os direitos sociais das pessoas. No mundo do trabalho, a lógica do capital se apresenta brutal e tem materialização nas desigualdades sociais, na exclusão das pessoas e, em especial, dos idosos. Conforme Mészáros (2004), a transformação do processo de trabalho na sociedade capitalista causa à humanidade: a fome, a miséria e o aprofundamento das desigualdades entre as classes.
Conforme a Organização Mundial da saúde (OMS)2, o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de pessoas idosas até o ano de 2025. É expressivo o aumento da participação da população, maior de 60 anos, no total da população. Em 1940 o índice populacional dessa faixa etária era de 4%, passou a 8,6% em 2000; projeções recentes indicam que esse segmento populacional passará a 15% em 2020 (IBGE, 2000).
Todavia, o Brasil apresenta uma expectativa de vida inferior a outros países da América Latina. Observamos que o prolongamento da vida é mais elevado nas camadas sociais privilegiadas, chegando com uma esperança de vida de 70 a 80 anos em média, enquanto a mesma se mantém em níveis críticos de 40 a 50 anos nas camadas e regiões de baixa renda no país.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2000, o crescimento se dará, de forma ainda mais acentuada, na faixa etária de 80 anos ou mais, ou seja, a que necessita de maiores recursos socioeconômicos. O aumento da população idosa é consequência de dois processos: a alta fecundidade no passado, observada nos anos 1950 e 1960, comparada à fecundidade de hoje e a redução da mortalidade da população idosa.
Em nosso país, é considerada idosa a pessoa de 60 anos e mais, tal como estabelecido na Política Nacional do Idoso (BRASIL, 1998) e no Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003).
Para Alves (2011, p 49), “o envelhecimento não acontece de uma hora para outra de forma estanque e fixa”.