sociedade superficial
O homem está agindo de acordo com os hábitos forjados por meio de uma lógica industrial. Valorizam-se as imagens e as mídias, constituindo-se um jogo de espelhos e reflexos que reproduzem e confundem a realidade. A sociedade que daí emerge é superficial e alienada.
É inerente ao ser humano a necessidade de se comunicar, sempre a procura de aperfeiçoamento. Nesse contexto, a linguagem visual apresenta grandes vantagens sobre a verbal porque é mais ágil e abrangente, sendo, pois, mais difundida e valorizada. O sucesso alcançado é devido ao modo operante: produção seriada e destinada ao grande público. Sendo assim, grande capital e tecnologia são requisitos para a criação, realizada por uma pequena equipe que, majoritariamente, não a utiliza.
Não há exagero em se afirmar que os meios de comunicação veiculam inúmeras mensagens responsáveis por uma massificação ideológica. Por exemplo, o universo imaginário produzido pela mídia infere que para uma mulher ser considerada bela, e, portanto, desejada, ela deve ser loira, alta, magra, heterossexual e gostar de sexo. Entretanto, sabe-se que essa não é a realidade de grande parte do gênero feminino.
Mediante a realidade atual, construída sob alicerces duvidosos, percebe-se a utilização, por parte da mídia, dessa cultura popular para a alienação da população. Em detrimento disso, as ciências da comunicação adquiriram a, indiscutível, centralidade de poder e de atenção.
A agitação que o século 21 proporciona pode desequilibrar o ambiente. Com a vida urbana remetendo à rede de informações e pessoas interligadas, crescimento industrial e aprimoramento técnico, é esquecido que globalização não é sinônimo de qualidade de vida. Integrar o desenvolvimento com a sustentabilidade é, por vezes, visto como uma meta difícil de alcançar, entretanto, os lugares que se propuseram a fazer esse investimento, já observam os benefícios. Infelizmente,