Sociedade Colonial
No século XVIII, a sociedade brasileira conheceu transformações expressivas. O crescimento populacional, a intensificação da vida urbana e o desenvolvimento de outras atividades econômicas para atender a essa nova realidade, resultaram indubitavelmente da mineração. Embora ainda conservasse o seu caráter elitista, a sociedade do século XVIII era mais aberta, mais heterogênea e marcada por uma relativa mobilidade social, portanto mais avançada em relação à sociedade rural e escravista dos séculos XVI e XVII. Os folguedos e festas populares das camadas mais pobres conviviam com os saraus e outros eventos sociais da camada dominante. Com relação a esta, o hábito de se locomover em cadeirinhas ou redes transportadas por escravos, evidencia o aparecimento do escravo urbano, com destaque para os chamados negros de ganho.
A nova elite urbana desse século passou a se preocupar com a educação dos seus filhos, enviando-os à Europa e possibilitando o surgimento dos intelectuais e dos homens públicos que ajudarão a mudar os destinos da colônia, no século seguinte. A hierarquia social na sociedade açucareira
A sociedade açucareira do Nordeste tinha uma estrutura rígida, com pouca mobilidade social:
Os senhores de engenho ocupavam o topo da hierarquia, exercendo o poder sobre sua família e sobre outras pessoas que viviam em seus domínios, sob sua proteção - os agregados. Era a chamada família patriarcal. Sendo proprietários de terras e de escravos, os patriarcas (chefes da família)