Sociedade Civil após o Dilúvio Neoliberal
Atílio Borón, em seu texto sobre a implementação e análise da democracia, principalmente na américa latina, aborda vários pontos positivos, negativos, e levanta questões aos leitores, usando outros autores como referência para discutir ideias e as bases de uma democracia. Atílio fala bastante sobre a diferença das classes socias nas democracias latinas, que é uma herança das sociedades capitalistas, onde os que tem mais poder acabaram sendo mais beneficiados do que os próprios indigentes, como apontam as estatísticas recentes. Aliás, ele defende que quando os que já não tem muito, passam a ter menos ainda em uma democracia, é porque algo está errado nas bases do regime, pois este se sustenta nos valores do cidadão e na sua liberdade.
Acredito que a democracia, aqui vou focar na brasileira, está em um processo de amadurecimento. O governo vem tratando de estancar problemas graves, que como Atílio escreveu, afetam diretamente os princípios do regime. A pobreza aumentou nos últimos anos, grande parte devido ao maior motivo desse regime ter sido adotado a anos atrás: continuar prevalecendo os que já tinham poder. É claro que a democracia trouxe avanços para o país, um dos maiores é a privatização das empresas estatais que estavam de mal a pior, praticamente abandonadas e sem tecnologias novas, o que gerava um certo acomodamento em seus funcionários, que não se viam ameaçados por não buscar soluções para problemas de infraestrutura no país. Porque digo que a democracia veio a favorecer as classes altas? Pois os pobres continuaram a não ter muito, e não é só de dinheiro que falo, mas sim de educação, saúde e bem-estar. Nos primeiros anos de democracia, nada ou quase nada foi feito para reverter esta situação, o que desencadeou uma série de problemas maiores ainda, pois além de um povo sem poder aquisitivo, passou-se a ter um povo sem poder, educação, com problemas de saúde e em alguns casos tendo que recorrer