Socialismo
Em julho de 1961, o Partido Comunista Cubano ampliou sua participação e influência no governo. No ano seguinte, porém, sua ascensão foi freada, com o afastamento de seu núcleo dirigente do quadro governamental. O controle do poder foi então retomado pelos revolucionários de Sierra Maestra.
Contudo, o ingresso de Cuba na via socialista levou o país a vincular-se cada vez mais ao bloco socialista, enquanto era forçado a se afastar do sistema pan-americano. Em 1962, na Conferência de Punta del Este (Uruguai), Cuba foi excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA). Com exceção do México, todos os países romperam relações diplomáticas e comerciais com Cuba, sob o pretexto de que Cuba estava exportando sua revolução para toda a América Latina.
Em meados de 1962, Kennedy denunciou a presença de mísseis soviéticos em Cuba e ordenou seu bloqueio naval, forçando a União Soviética a retirar da ilha seu arsenal nuclear.
O isolamento de Cuba imposto pelos Estados Unidos e sua dependência econômica e militar de uma potência distante (União Soviética) não deixaram a Fidel outra alternativa senão tentar modificar esse quadro opressivo para o país. Por isso, a partir de 1962, passou a defender, incansavelmente, a insurreição armada na América Latina, com a esperança de que, com uma revolução em escala continental, Cuba pudesse finalmente romper o isolamento ao qual estava submetida.
Por volta de 1965, devido ao bloqueio econômico, Cuba vivia graves problemas. Para solucioná-los, os revolucionários viram-se diante de um dilema: ou apelavam para soluções eminentemente técnicas e econômicas ou reacendiam a chama revolucionária. Ernesto Guevara, argentino de nascimento, mas que se tornara um dos principais dirigentes da revolução, era favorável à segunda solução. Entretanto, não havia unanimidade.
De qualquer modo, Cuba não tinha como renunciar a sua