Por um lado, o conceito de resiliência, originário da psicologia, e, por outro lado, o conceito de salutogênese, desenvolvido pela sociologia. Ambos os conceitos tentam explicar como as pessoas conseguem administrar suas vidas apesar de condições de vida adversas. O campo das ciências sociais gera teorias a partir da pesquisa sobre stress, introduzindo conceitos como senso de coerência e controle da vida. Os conceitos centrais dentro da psicologia são fazer frente às dificuldades [coping] e resiliência, e descrevem os mecanismos que permitem às pessoas comportar-se ou desenvolver-se normalmente sob condições adversas. Uma outra abordagem inicial à questão é o estudo de importantes eventos de vida. Em saúde pública, o contemporâneo movimento pela promoção da saúde também pode ser considerado como sendo uma abordagem similar. Em ciências sociais, o indivíduo jovem pode ser considerado um agente cuja existência insere-se numa estrutura (a realidade viva do agente, de dimensões física, mental, social e espiritual). Para o agente, a percepção da estrutura é real – em outras palavras, se queremos entender a percepção que o adolescente tem da realidade e das ações realizadas dentro dela, precisamos entender como o adolescente percebe a realidade. Isso significa que as teorias combinadas sobre o desenvolvimento e comportamento dos adolescentes são de fundamental importância.(2) Basicamente, a questão que se coloca diz respeito à interação e à relação dinâmica entre o agente e a estrutura – ou seja, o estudo dos modos pelos quais o agente interage com a estrutura e como a estrutura responde às atividades do agente. Esses mecanismos formam o núcleo de um estudo quando estamos tentando definir fatores que levam ao gerenciamento da vida e à resiliência. Um desenvolvimento bem-sucedido é uma questão de encontrar maneiras favoráveis de administrar a vida dentro do ambiente, de modo que o indivíduo alcance suas metas de vida. Os profissionais da saúde imaginam que lhes cabe guiar