Sobrecarga do trabalho do enfermeiro na uti
O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo (U.T.I) é complexo e intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para a qualquer momento, atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Desta forma, pode-se supor que o enfermeiro desempenha importante papel no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva. Devido às suas características, são unidades de alto custo que demandam avaliação contínua dos resultados para que mantenham sua sobrevivência. Assim, o desafio que se coloca é conciliar elevados padrões de assistência a um baixo custo, para o que concorre o quantitativo de pessoal de enfermagem, uma vez que o orçamento desta equipe constitui 50% dos custos totais em UTI (MIRANDA,2003). Assim sendo, a adequação dos recursos humanos de enfermagem, segundo as necessidades dos pacientes graves, e a avaliação do seu efeito nos resultados da assistência constituem tema de interesse nas UTIs (KURCGANT, 2006). No contexto da qualidade dos serviços de saúde de uma forma geral e das UTIs, em particular, a enfermagem assume papel de destaque por constituir o maior grupo de profissionais de saúde, bem como por manter contato diário e ininterrupto com o paciente, promovendo a manutenção, recuperação e reabilitação da saúde por meio do cuidado e, podendo influenciar no julgamento dos pacientes sobre a qualidade dos serviços prestados (SILVA, 2001). No entanto, a prestação de atendimento individualizado, com competência técnico-científica, realizado por meio de trabalho integrado e cooperativo, voltado à segurança dos pacientes, depende de vários fatores organizacionais, entre eles o quantitativo do staff de enfermagem (GAIDZINSKI, 1998). Revisão de literatura realizada desde a década de 70, concluiu que a carga de trabalho de enfermagem nas UTIs é um dos principais fatores que contribui