Sobre o pensamento de Maquiavel e Hobbes
MAQUIAVEL, Nicolau. Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. 2ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1982, Livro Primeiro (Introdução, cap. 1º a 8º; 16º ao 18º; 55º; 57º a 58º).
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. 2. Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (cap. XIII – XIX; XXI).
O Estado como uma organização política, atualmente tem referência nas experiências de organizações da sociedade do passado. Sendo ele um corpo do todo da sociedade, é soberano na medida em que representa e equilibra a vivência desta mesma sociedade.
As cidades, que para Maquiavel, foram estabelecidas a partir do aglomerado de indivíduos que buscavam maior segura, ao compartilharem os mesmos espaços com outros indivíduos, foram influentes para o estabelecimento da República. Nestas Repúblicas, que são formadas a partir do estabelecimento de acordos de convivência entre os homens, passaram a estabelecer, segundo Maquiavel, limites a partir de uma justa medida. De acordo com o mesmo autor sem essa medida, os acordos tendem a ser corrompidos e degenerados. Assim, o povo e o Senado representam e lutam pelos interesses gerais do Estado, e este ultimo tem a função de equilibrar a vivência pacífica entre os homens. Já para Hobbes, a forma de controle das paixões dos homens é defendida a partir das convenções. Para ele as paixões dos homens, que não obedeceriam às leis morais, deviam ser reguladas para a convivência da humanidade e sua sobrevivência. Nesse sentido a República, reguladora e também co-criadora das convenções, surge como a possibilidade de segurança pelos homens. As convenções, que tem como objetivo frear o desejo de poder pelos homens, possibilitou a elaboração de um pacto social. Esse pacto social seria então obedecido por todos a partir da escolha de um soberano, como medida de segurança para os homens. Este soberano, que representa a própria