Sobre alfredo bosi e antônio cândido
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA III
DOCENTE: Prof. Dr. MARCOS FALCHEROS FALLEIROS
DISCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO BARROS DE SOUZA
ATIVIDADE AVALIATIVA REFERENTE À 1ª UNIDADE
Comentário correlacionado acerca dos textos de Antonio Cândido e Alfredo Bosi.
A literatura brasileira esteve sempre dividida entre reafirmar seus próprios valores e seguir o que era ditado pelos moldes internacionais, especialmente, no período estudado, o europeu. Muitas vezes, o desejo de autoafirmação e da supervalorização dos aspectos nacionais delineava uma dependência difícil de ser superada. Enquanto o Romantismo tentava desmanchar os laços com Portugal, o Modernismo sequer o considerava. Para este último, o importante era considerar o que estava acontecendo dentro do próprio Brasil, superando o academicismo já tão atrelado às produções nacionais. Os anseios por uma nova literatura, mais crítica e original, que se mostravam desde a Primeira Guerra Mundial, tomaram corpo a partir da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Este evento teve como cenário a cidade de São Paulo, não por acaso, mas porque à época era a cidade que mais se apresentava como “internacionalizada” dentro do país. Além disso, São Paulo era o melhor exemplo do conflito província x cidade, onde as pessoas eram tomadas por um enorme desejo pelo novo, pelo contemporâneo, pelo moderno. Talvez se ocorrido em outro lugar, tal vento não tivesse tido tanto peso na história e tanta repercussão dentro da literatura nacional, a cidade foi então o cenário ideal para as ideias difundidas pelo modernismo. Era o retrato típico do dilema entre chegar ao novo deixando de vez o antigo, que o modernismo queria tanto resolver. Era a cidade que mais vivenciava as consequências da Revolução Industrial e Técnica, onde os intelectuais podiam discutir substancialmente e concretamente sobre o novo x rústico e passar