Sob a fragilidade, qualquer rota, a rotatividade
A potencialização da tecnologia pelo homem e a mudança das necessidades de consumo resultam em também mudanças para o perfil do homem capitalista. As quais se adjetivam no trabalhador ágil, aberto à rápidas transformações, que assuma contínuos riscos, dependente cada vez menos de leis e de procedimentos formais. O homem contemporâneo deve ser flexível. No inicio do século XX, o mercado de trabalho era marcado pelo modo de produção Fordista e Taylorista. Que visavam a maximização da produção e do lucro. A produção era massificada, com a realização de uma tarefa especifica para cada funcionário em seu específico setor, com o trabalho racionalizado. Na década de 70, em meio a uma crise do Sistema Capitalista, começa a se popularizar o modelo Toyotista, o qual se caracteriza pela flexibilização da produção ( produzir apenas o necessário, reduzindo os estoques ao minimo), a automatização (utilização maior de tecnologia, o qual diminui o custo da empresa com funcionários, substituídos por máquinas), o “just in time” – no momento – (onde cria-se um sistema que o produto é produzido após a venda) e o “team work” - trabalho em equipe – (onde os trabalhadores passaram a trabalhar em grupos, orientados por uma líder, ganhando, assim, mais tempo). Em A Corrosão do Caráter, de Richard Sennett, há a narração de dois trabalhores - um marcado pelo Sistema Fordista e, outro, pelo Toyotista -: o qual são, respectivamente, Enrico e Rico, pai e filho. O primeiro, fora um faxineiro que tivera uma vida linear, no sentido de estabilidade, seja economica ou temporal. Sabia quando iria se aposentar. Não era rico, mas conseguiu, seguramente investir na educação de seus filhos. E viveu a vida inteira com o mesmo emprego até se aposentar. O Segundo, Enrico, tivera uma ótima educação, com a ambição do pai de ascenção social, a qual conseguiu alcançar. Acreditava em manter-se aberto à mudança e correr riscos. Teve preparação para