Slides H
Doença de caráter zoonótico que acomete o homem e diversas espécies de animais silvestres e domésticos.
É considerada uma enfermidade polimórfica e espectral da pele e das mucosas. Estima-se dois milhões de novos casos a cada ano. Destes, 600 mil são oficialmente declarados.
HISTÓRICO
Conhecida no Novo Mundo há muito tempo.
Descrições de leishmaniose cutânea são datadas no primeiro século d.C. na Ásia Central.
Conhecida pelos viajantes por botão-do-oriente.
As primeiras descrições clínicas datam do século XVI, por Oviedo em
1535, e por Pizarro em 1571. Descreviam uma doença que destruía o nariz e as cavidades bucais de índios.
Em 1764, Bueno publicou observações mostrando que no Peru a leishmaniose cutânea era transmitida pela picada de flebotomíneos.
A primeira observação dos parasitos pertencentes ao gênero Leishmania foi feita por Cunnigham, em 1885, em casos de leishmaniose visceral na
Índia.
No Brasil, a leishmaniose era conhecida por Cerqueira.
Em 1908, durante a construção da Estrada, em São Paulo, ocorreram numerosos casos, principalmente na cidade de Bauru úlcera-de-Bauru
nominados por Gaspar Vianna como Leishmania braziliensis.
AGENTE ETIOLÓGICO
Doença causada por parasitos do gênero
Leishmania.
No Brasil:
‐ Leishmania braziliensis;
‐ Leishnania guyanensis;
‐ Leishmania lainsoni;
‐ Leishmani shawi;
‐ Leishmania naiffi;
‐ Leishmania amazonensis.
MORFOLOGIA
Forma amastígota:
Formato ovóide ou esférico.
É possível diferenciar a membrana citoplasmática; o citoplasma vacúolos; núcleo esférico ou ovóide disposto em um dos polos da célula; e cinetoplasto em forma de um bastão pequeno próximo do núcleo.
Não há flagelo livre, mas uma pequena invaginação presente na bolsa flagelar.
Tamanho varia entre 1,5-3,0 x 3,0-6,5 μm.
MORFOLOGIA
Forma promastígota:
Alongada.
Da região anterior emerge um flagelo livre.
Citoplasma com granulações azurófilas e pequenos vacúolos.