Slide Guerra de Canudos Imagens
CANUDOS
1896 – 1897
Antônio Conselheiro nasceu em Quixeramobim, no Ceará. Em 1870, iniciou peregrinação por diversas cidades do interior do Nordeste. Até fundar o povoado de Belo Monte (primeira Canudos), em 1893, o beato arregimentou seguidores por onde passou. Além das pregações que fazia em cada localidade, o Conselheiro e seus seguidores construíam igrejas e cemitérios.
Na Bahia, o beato deixou sua marca em vários municípios, onde construiu igrejas (Crisópolis, Biritinga, Itapicuru, Rainha dos Anjos,
Aporá, Olindina, Nova Soure, Chorrochó, Esplanada e Canudos) e cemitérios (Timbó, Entre Rios, Ribeira do Amparo, Aporá, Itapicuru e
Canudos).
Itapicuru
Ao pisar em solo baiano, em 1876, o beato e seus seguidores instalaramse em Itapicuru, município que faz fronteira com o estado de Sergipe. Ali, os conselheiristas ajudaram o padre Antônio Agripino da Silva a erguer a paróquia local, iniciada em 1869, e que deu origem à atual Igreja da
Matriz.
No povoado de Rainha dos Anjos, ele e seus seguidores trabalharam para restaurar uma pequena capela. A primeira notícia de jornal sobre o beato dá conta da sua passagem pelo povoado. Acusado de ter matado sua mãe e esposa, o Conselheiro foi preso em
Itapicuru e levado de volta ao Ceará. Conseguiu provar sua inocência e retomou seu périplo pelo sertão nordestino, voltando à Bahia em 1880.
A Canudos de hoje está a 15 km da velha Canudos, e vive da pesca de tilápias e tucunarés do açude de Cocorobó e do cultivo de sementes na área aproveitada do perímetro irrigado pelo açude. O Centenário de
Canudos foi comemorado em 1997. Decorridos mais de cem anos dos dramáticos episódios nos sertões da Bahia, prosseguem os esforços de estudiosos, brasileiros e estrangeiros, para descrevê-los e interpretá-los, tentando vencer a dicotomia entre o real e o imaginário que o caso histórico sempre ensejou.