Slide células sanguineas
Anaximandro (século VI a.C.), Empédocles (século V a.C.) e Aristóteles (o grande sábio da Antiguidade, (século IV a.C.), todos os filósofos gregos, deixaram obras que documentavam sua crença na existência do “princípio ativo” ou “princípio vital”, capaz de produzir matéria viva a partir de matéria bruta. Essa hipótese de que seria possível o aparecimento de seres vivos a partir de elementos do meio, como o calor, a umidade e o lodo ficou conhecida como abiogênese ou geração espontânea. Virgílio, o príncipe dos poetas latinos, deixou escrito em Geórgicas (30 a.C) que insetos se formavam em cadáveres em putrefação. Van Helmont (1577-1644), considerado o pai da bioquímica, ensinava a produzir camundongos a partir de uma camisa suja, guardada com grãos de trigo em local tranqüilo. Em 1668 Francesco Redi iniciou a contestação da abiogênese. Ele queria provar que as moscas que se desenvolvem na carne em putrefação não surgem por geração espontânea, mas por ovos postos por outras moscas. Ele observou que em frascos abertos, passados alguns dias, surgiam larvas, enquanto nos frascos fechados não. Os defensores da abiogênese afirmavam que as larvas não se desenvolviam no frasco fechado porque não entrava ar. Redi cobriu os frascos com gaze e mesmo assim não surgiram larvas. Contudo, sua experiência não conseguiu derrubar a hipótese aceita por tantos séculos. Apenas na segunda metade do século passado, Louis Pasteur derrubou a abiogênese. Ele ferveu caldos nutritivos em frascos com curvatura no gargalo que retinha os microorganismos do ar na superfície interna úmida, não os permitindo alcançar o caldo nutritivo e conseqüentemente não se reproduziam no caldo. Essa experiência não permitiu contra-argumentos, pois não impedia a entrada do “princípio ativo” do ar e preservava a capacidade de desenvolver vida dos caldos nutritivos quando estes eram quebrados ou inclinados.
Bibliografia Soares, José L. 1990. Biologia Editora Scipicione. 8ª