Sistemas hidraulicos
Introdução
Para a prática da irrigação é necessária uma grande quantidade de água, a diminuição da disponibilidade da água e o custo elevado da energia necessária à sua aplicação têm aumentado o interesse pela racionalização desse recurso, de forma a minimizar as suas perdas (AZEVEDO et al., 1999). Portanto, é necessário diminuir a quantidade de água aplicada via irrigação sem, contudo, comprometer a produção final, atualmente a técnica de irrigação localizada está sendo muito utilizada para esse objetivo. Esse tipo de irrigação é caracterizado pela aplicação da água numa fração do volume do solo explorado pelas raízes da planta, de forma pontual ou em faixa contínua, geralmente com distribuição pressurizada por meio de pequenas vazões e curtos intervalos de rega, mantendo níveis de umidade ideais para a cultura (BERNARDO, 1995). A variação de vazão dos emissores, geradas pela perda de carga ao longo da tubo e das inserções dos emissores, dos ganhos e perdas de energia de posição, da qualidade do tubo, das obstruções e efeitos da temperatura da água sobre o regime de escoamento e geometria do emissor, influenciam diretamente na uniformidade de aplicação da água. Dentre os métodos de irrigação que aplicam a água com alta freqüência e de forma localizada, estão gotejamento, microaspersão, bubbler e subsuperficial. RAWLINS (1977) foi quem primeiro descreveu o sistema de irrigação por gravidade em condutos fechados, chamando-o sistema de irrigação bubbler de baixa pressão, que opera a baixas pressões (a partir de 13 kPa) e difere dos outros tipos de irrigação localizada pelo fato de o fluxo de água ser devido apenas à força da gravidade. O sistema, basicamente, não exige energia externa (bombeamento) ou filtragem (REYNOLDS, 1993; REYNOLDS & YITAYEW, 1995). Mesmo quando o bombeamento é necessário, bombas de baixa capacidade de elevação são suficientes. A simplicidade de