Sistemas Classifica o
A vontade e a necessidade de organizar o mundo que o rodeia levou o Homem a classificar os seres vivos. As primeiras classificações feitas pelo Homem teriam um carácter prático, utilizando critérios de utilidade na sua vida quotidiana – classificação prática. Por exemplo, quando se identificam os animais e as plantas pela sua perigosidade (perigoso vs. não perigoso). Mais tarde os sistemas de classificação evoluem e utilizam características estruturais dos seres considerados – classificações racionais, que utilizam ainda um pequeno número de características, fazendo com que os poucos grupos discriminativos incluam organismos muito diferentes entre si – classificação artificial.
Estes primeiros sistemas de classificação racional e artificial são conhecidos desde as classificações atribuídas a Aristóteles (384-322 a.C.). O filósofo grego classificou os animais segundo critérios previamente definidos, compilando a informação na sua obra Historia Animalium. Aristóteles dividiu os seres vivos conhecidos à época em dois Reinos: o dos Animais, móveis e o das Plantas, imóveis – sistema que foi aceite até ao século XVII. Um dos discípulos de Aristóteles, Teofrasto (371-287 a.C.) elaborou a Historia Plantarum, onde classificou as plantas em vários grupos e subgrupos incluindo cerca de 480 plantas distintas.
À medida que se iam conhecendo novos mundos, novos organismos e se acumulava mais e mais informação acerca dos mesmos, havia a necessidade de actualizar os sistemas de classificação utilizando-se mais características. Surgem as denominadas classificações naturais que utilizam o maior número de características possível.
O botânico sueco Carl Linnaeus (1707-1778) concordava com Aristóteles na sua divisão dos organismos em dois reinos: Reino Animal e Reino das Plantas. No seu livro Systema Naturae, publicado em 1735, Linnaeus apresentou as bases das classificações actuais colocando os organismos numa hierarquia. Nesta primeira edição Linnaeus