Sistemas arquitetonicos contemporâneos (montaner, josep maria)
Neste capítulo, Josep Maria Montaner explica os sistemas formais, sistemas que enfatizam o ser humano e que levam em consideração os fenomenos da realidade, o tempo e a interação com os usuários, colocando a arte como uma nova proposta à realidade. Na arquitetura, os sistemas formais buscam projetar a partir de sistemas já existentes, tendo por objetivo a construção de espaços no tempo, resultando em formas como clusters e mat-building.
Os formatos em clusters são uma lógica construtiva que consideram o terreno e adaptam-se a ele atraves de formas orgânicas (arbóreas), sem determinação funcional e podendo se repetir infinitamente. Sua importância está no fato de essas novas experimentações arquitetônicas estarem sendo aplicadas em escala urbana e adaptadas à diversidade dos tecidos urbanos, expressando a identidade e contexto de onde é inserido. Sua forma aberta tende à verticalidade e a um crescimento em sentido para o exterior.
O exemplo usado pelo autor é Curitiba, cidade estruturada a partir do sistema público de transporte, que tem o centro como uma raiz mais grossa e vai se afinando enquanto se afasta deste.
Já os mat-buildings são edifícios em malha que crescem horizontalmente, baseados na conexão entre as partes, na flexibilidade, e nas possibilidades de se repitirem e mudar. Neste sistema, as funções favorecem a elaboração arquitetônica, sendo mais determinantes do que a forma. O Hospital de Veneza, projetado (e não construido) por Le Corbusier, desenvolvido horizontalmente, baseado em uma malha de espaços, corredores e pátios. A malha se infiltra no entorno, caracterizando um dos pontos fortes dos mat-buildings que é a relação do edifício com a cidade e com a paisagem.
Os mat-buildings, se levados a uma escala maior, podem configurar megaestruturas. Outro sistema, o de objets trouves, buscava a utilização de objetos, edificios ou sistemas arquitetonicos já existentes, na composição projetual.