Resumo do capítulo Dispersão e Fragmentação. MONTANER, Josep Maria. Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos.
A teoria e a prática do fragmento
É visto que nas ultimas décadas do século xx consolidaram-se propostas de estrutura urbana que têm como ponto de partida uma realidade fragmentada. O autor mostra que, essa fragmentação pode ocasionar dois resultados, o primeiro é quando esses fragmentos são articulados gerando um resultado coerente a partir de uma sobreposição e interação dos mesmos, podendo agrupa-los também em megaobjetos ou edifícios-massa; já o segundo é o oposto, uma vez que seu resultado leva à guetificação e a segregação, causados pela dispersão desses fragmentos em peças autônomas. Dessa forma, o autor acredita que existem seis mecanismos passíveis de utilização pela cultura criativa que surge da consciência do fragmento e são explicados ao longo do capítulo.
1. Estratégias de fragmentos
É dito que a partir da década de 1960, correntes influenciadas pela arte conceitual relançaram os mecanismos de articulação da colagem de peças. Peter Eisenman fez diversos estudos de arquitetura levando em consideração a arte conceitual até evoluir da manipulação de objetos para a dispersão e estratégia de fragmentos. Seu estudo citado consistia em uma serie de casas como cubos conceituais, dispersos e equidistantes, onde sua proposta à consciência da fragmentação do objeto arquitetônico consistia no abandono da própria disciplina, na crise de todas as referências. Trazendo a tona a crise do objeto, tratando retoricamente do problema da presença do sujeito e do signo. A consciência do fragmento leva a dispersão a um novo patamar, em um projeto convertido em referência essencial para aquela arquitetura contemporânea que vem recuperando os diagramas como instrumento para afrontar a fragmentação e a dispersão. Eisenman observa que a negação de uma ordem que parece que existe mas é colapsada expressa no final a instabilidade inerente a todo sistema, que,