Sistemas Agroflorestais
Não é de hoje que a apropriação indiscriminada da natureza pelo homem, depredando-a e degradando-a, ao longo de sua história, nos leva a discussão sobre as questões relacionadas à preservação e a utilização dos recursos naturais de forma racional e sustentável.
Na região Amazônica, o processo de desmatamento, seja pela prática de uma agricultura itinerante que utiliza o corte e a queima ou o estabelecimento de uma pecuária extensiva, que juntas exigem a derruba de grandes extensões de floresta nativa, são as principais causas da insustentabilidade na agricultura da região. A utilização dessas áreas por alguns anos, principalmente em áreas onde os solos são geralmente pobres e susceptíveis a processos de erosão, torna esses terrenos pouco produtivos.
Já são presentes algumas transformações que busquem utilização de práticas de manejo adequadas à cultura da população local, contribuindo assim para a manutenção da fertilidade do solo, tais como a recuperação de áreas degradas (incorporando as mesmas ao processo produtivo), a diminuição do processo de desmatamento, gerando emprego e renda aos agricultores e dessa forma fixando-os no campo, são elementos cruciais para o estabelecimento de sistemas de cultivo permanente e sustentável na região Amazônica. Nesta visão, o desenvolver de uma forma sustentável não implica em um estado de equilíbrio permanente, mas sim em constantes mudanças no processo de acesso aos recursos naturais e sua distribuição. Na sua essência,
é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e às aspirações humanas. (CMMAD, 1991).
O desenvolvimento sustentável implica em se conseguir o maior benefício dos recursos físicos, biológicos e culturais de uma localidade, dentro de uma estratégia para aumentar a