Sistema urinário dos bovinos
SEMIOLOGIA – HISTÓRICO E EXAME GERAL O exame do sistema urinário (SU) pode revelar lesões dos seus diferentes componentes (rins, ureteres, bexiga, uretra), mas também pode sinalizar o comprometimento de outras partes do organismo. Por exemplo, a hemoglobinúria, é uma alteração da urina mas que pode ser decorrente, dentre outras, de quadros hemolíticos. A ingestão de líquidos pelo animal deve ser inquerida para se avaliar o excesso de ingestão (polidipsia), a diminuição (oligodipsia) ou a ausência (adipsia). As características da micção também são levantadas. Consideram-se a sua freqüência aumentada (poliúria), diminuída (oligúria) ou ausente (anúria). A micção pode ser, ainda, em pequena quantidade mas muito freqüente (polaquiúria) ou dificultosa (disúria). O esforço freqüente para urinar e defecar recebe o nome de tenesmo. Pode haver, por fim, a micção ininterrupta em gotas (incontinência urinária). O aspecto e a cor da urina também deve ser inquerido. Outros pontos gerais devem, ainda, ser considerados, sobretudo a presença de determinadas plantas tóxicas na propriedade, tal como a samambaia comum (Pteridium aquilinum). O estado geral do animal deve ser avaliado. Na cavidade bucal e mesmo no animal como um todo deve ser pesquisada a ocorrência de odor amoniacal. Por sua proximidade anatômica com SU, o sistema genital também deve ser rigorosamente examinado.
EXAME ESPECIAL Em bovinos e bubalinos, na dependência do tamanho do animal, os rins podem ser examinados por palpação retal, sobretudo o esquerdo. Devem-se avaliar aderências, tamanho, consistência, sensibilidade. A laparotomia exploradora ou a laparoscopia pode ser valiosa no exame dos rins. Os ureteres são de difícil exame e apenas profissionais experientes conseguem palpá-los por via retal (principalmente a porção inicial do esquerdo) quando estão dilatados. A bexiga pode ser examinada também por palpação retal, quando se avaliam tamanho,