Sistema reprodutor humano
As técnicas de engenharia genética ou, mais correctamente, a tecnologia de ADN recombinante (ADNr), começaram a ser definidas no início do ano de 1970, com a utilização de vetores de clonagem, em geral, plasmídeos e genomas virais, lançando-se mãos das chamadas enzimas de restrição que permitiam cortar o ADN em pontos bem definidos, isolando-se assim fragmentos de ácido nucléico passíveis de serem introduzidos no genoma de um organismo com moléculas idênticas de ADN. É a chamada clonagem molecular, em que, numa primeira operação, repetimos, se procede ao corte da molécula do ácido nucléico e, numa segunda fase, à inserção do fragmento do ADN no ácido nucléico de uma célula hospedeira compatível. Quando esta se divide, duplica a molécula do fragmento de ADN inserido. A primeira experiência de clonagem de ADN foi feita em 1972 por um grupo de pesquisadores chefiados por Paul Berg, que veio a receber o prêmio Nobel em 1980. A partir da data da experiência original, o desenvolvimento havido na tecnologia do ADNr tem sido surpreendente. Em 1987 surgiu uma nova contribuição, a chamada reação de polimerização em cadeia (PCR), que veio dar nova feição às experiências de clonagem molecular. Esta técnica permite amplificar determinado locus, quando se dispõe de quantidades mínimas de ADN genômico. Esta amplificação é feita à custa de uma polimerase extraída da bactéria Thermus aquaticus, em cerca de 20 a 30 ciclos, com controle adequado da temperatura, podendo, ao final, obter-se milhões de cópias daquele fragmento de ADN. O que antes do advento da técnica PCR demorava semanas de trabalho intenso, hoje não dura mais do que algumas horas.
Os plasmídeos encontram-se em bactérias e em algumas leveduras e têm a capacidade de duplicar-se autonomamente, possuindo, em geral, genes que lhes conferem resistência a antibióticos, como a ampicilina e a tetraciclina. São estes genes que permitem distinguir células hospedeiras que possuem o ADNr das