Sistema Feudal
O feudalismo é um sistema caracterizado pela economia de consumo, trocas naturais, sociedade estática e poder político descentralizado. Os fatores que explicam o surgimento desse sistema na Europa podem ser divididos em estruturais e conjunturais.
Os fatores estruturais estão representados pelas instituições econômicas, sociais, políticas e culturais dos romanos e dos povos germânicos que se fixaram dentro do Império a partir do século V.
Os principais elementos romanos que contribuíram para a formação do feudalismo foram: a economia agrária e auto-suficiente das vilas romanas; as relações de meação (sendo o colonato a mais importante) existentes no campo durante o Baixo Império; o distanciamento social entre os proprietários e os trabalhadores e o poder político-militar . Todos estes aspectos eram resultado da crise econômica e política do Império Romano.
Os elementos germânicos que entraram na formação do feudalismo foram: a economia agropastoril; o regime de trocas naturais; a sociedade, em que os guerreiros se submetiam à autoridade de um chefe militar; e o individualismo político. Entre os germanos não existia a noção de Estado. Cada chefe possuía autonomia, de tal forma que só em época de guerra ou perigo os chefes se submetiam à autoridade suprema de um “rei”.
Assim sendo, surgiu entre os germanos uma instituição chamada Comitatus. Nessa organização (na verdade um bando armado), as relações entre comandante e comandados eram diretas e recíprocas, baseadas em juramentos de lealdade e fidelidade. Tais características iriam ser mantidas nas relações políticas do feudalismo.
Declínio do Sistema Feudal
A ênfase da definição do feudalismo não será baseada na relação entre produção e destinação do produto, mas na relação entre o produtor direto (artesão ou agricultor) e seu superior imediato, ou senhor, e no teor sócio-econômico da obrigação que os liga entre si.
Tal definição caracterizará o feudalismo primordialmente como um "modo de produção"