sistema eolico
2.1. ORIGEM DOS PERFIS
Existem diversas perturbações do vento que influenciam a variação da velocidade segundo a direção vertical, tornando o escoamento atmosférico turbulento e não uniforme. Gradientes de pressão, de temperatura e elementos físicos presentes no local são agentes que condicionam o perfil vertical do vento. Estes fatores podem variar segundo fenómenos térmicos e.g. condução térmica ou gradientes térmicos que definem a estabilidade da camada limite atmosférica (CLA) bem como segundo fenómenos mecânicos condicionados pelas características naturais do espaço e.g. diferentes relevos para diferentes direções do vento que influenciam o perfil vertical de forma diferente. 2.1.1. Rugosidade
O perfil de velocidades é afetado pelos tipo de vegetação circundante, rochas, etc.. Qualquer irregularidade na cobertura do solo tende a aumentar a fricção com o ar e por isso reduzir a sua velocidade. Em lagos (sobretudo se forem gelados) a cobertura do solo tem uma baixa influência no escoamento de ar devido à homogeneidade e regularidade da superfície. Em contrapartida, o perfil de velocidades do vento é bastante influenciado por terrenos florestados, terrenos estes que são frequentes no norte e centro de Portugal.[8][15] 2.1.2. Relevo e Obstáculos
Declives acentuados na orografia do terreno podem acelerar o escoamento de ar bem como retardá-lo ou até provocar uma rotação na direção do vento como é ilustrado na Fig.2.1. Estes
Influência do perfil vertical de velocidades no funcionamento de um aerogerador fenómenos ocorrem quando existem cumes, vales, bacias ou canhões que exercem forças de atrito e diferenciais de pressão sendo muito difícil a previsão exata destas influencias no escoamento de ar. Montanhas funcionam como obstáculos provocando um aumento da intensidade de turbulência na zona imediatamente a seguir à mesma, provocando uma variação da velocidade do vento com a altura.
Fig. 2.1. Aceleração e mudança de